terça-feira, 29 de setembro de 2009

INFÂNCIA CORROMPIDA

Nossas crianças de todas as classes sociais são vítimas frequentes de violência sofrida pelos próprios pais. Pesquisas realizadas pelo Conselho Tutelar da Criança e Adolescente mostram que as mães são as maiores agressoras, justamente por serem vítimas de seus maridos e reproduzem essa agressão contra seus filhos. Percebemos esses casos, principalmente nas classes pobres, pois infelizmente as classes mais elevadas, não divulgam esses casos, preferem manter em sigilo.
Os pais muitas vezes usam de agressão física e psicológica para disciplinarem seus filhos, mas muitos passam dos limites, de uma simples palmada a uma surra que deixa marcas, dores e quase sempre usam de ameaças, mexendo com o psicológico. Assim vai gerar futuros adultos violentos, pois sabemos que violência só gera violência, se agressão física formasse cidadãos, os presos sairiam totalmente modificados das cadeias.
A agressão psicológica é tão grave quanto à física, pois as marcas com o tempo desaparecem. Já as palavras, muitas vezes não nos saem da memória. Também não podemos deixar de lembrar a pior das agressões contra nossas crianças, a sexual. Que esse tipo de agressão fica escondido por tempos e só chega ao conhecimento das autoridades, depois da criança ter sofrido por anos, já que é muito raro elas falarem dos abusos a outras pessoas. É preciso muito cuidado, pois crianças agredidas podem vir a repetir esse comportamento no futuro, pois acabam achando como algo normal.

Essa crise familiar, onde esta desestruturada, por causa do desemprego, do alcoolismo que é um fator gravíssimo, moradias indignas e o cidadão sem planos para o futuro. Tudo isso faz com que os pais acabem jogando um pouco dessa responsabilidade e irresponsabilidade, para seus filhos.
Não adianta nada questionarmos, ficarmos horrorizados com esses casos, se não denunciarmos. Como esperar um futuro melhor, se estamos acabando com esses pequenos, que são nosso futuro. Não podemos ficar a espera e ver o que acontece. Temos que tomar providências já, agora!
Ser cidadão não significa apenas lutar por seus direitos individuais e sim pelos direitos da sociedade, já que vivemos nela e não isoladas. É preciso abrir o olho, além de nossos lares, não deixarmos passar esses casos de violência, principalmente contra crianças. O mínimo que se pode fazer é não se omitir, levar as autoridades esses abusos cometidos a cada instante no Brasil e no mundo.


Fernanda Leite (Fortaleza, 16 de maio de 2009.)

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