quinta-feira, 8 de março de 2012

VOTE BEM, VOTE COM CONSCIÊNCIA

Votar conscientemente dá um pouco de trabalho, porém os resultados são positivos.


Vamos ter uma nova eleição, um dos momentos mais importantes na vida de um país é o da escolha de seus representantes e muita gente ainda não sabe em quem votar nas eleições municipais de 2012. É muito comum ouvirmos que todos os políticos são iguais e que o voto é apenas uma obrigação. Muitas pessoas não conhecem o poder do voto e o significado que a política tem em suas vidas.
A população tem que se conscientizar quanto ao fato de aprenderem a votar, e para quem espera uma fórmula mágica na hora de escolher seu candidato, deve saber que ela não existe. Mas maneiras reais de fazer uma boa escolha sim, projetos realistas, candidatos que olham no olho e se comprometem com nossa sociedade eles existem, por isso é preciso escolhê-los com consciência e calma.
O primeiro passo na hora de escolher para quem deve dar um voto de confiança é procurar saber mais sobre os seus candidatos, principalmente os que já chamaram sua atenção, quais são seus projetos, o que já foi feito e onde, se já não estiveram envolvidos em escândalos. È bom lembrar que a boa proposta não é a que sempre exagera, na verdade, fique de olho aberto nessas, mas a que está mais sólida e que demonstra conhecer os reais problemas da sociedade.
Não venda seu voto, desconfiei e denunciei qualquer candidato que ofereça algum benéfico em troca de seu voto. A ética, a livre consciência e a integridade são nossos maiores bens. Cuide deles.
O voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com critério e responsabilidade. Votar em qualquer um pode ter conseqüências negativas serias no futuro, sendo que depois é tarde para o arrependimento.
Não existe a resposta exata e muitos menos o candidato ideal em que você deve votar, mas, você poderá levar em consideração esses e mais outros detalhes fundamentais. Os escolhidos pelo voto popular estarão no governo por quatro anos, então tenha zelo pela qualidade administrativa do seu município escolha seus candidatos com consciência. Exija, cobre, você tem o direito. Não se intimide, pois você pode.
O seu voto vale o seu futuro, pense nisso!

Fernanda Leite (Fortaleza, 26 de fevereiro de 2012.)

segunda-feira, 5 de março de 2012

ARTISTAS DO SINAL VERMELHO

Artistas de rua se apresentam em meio ao trânsito de Fortaleza.

Palhaçadas, malabares, equilíbrio e muita alegria.É assim que alguns artistas de rua tornam o tempo dos motoristas nos sinais de transito em momentos menos ociosos. A atividade tira a ideia que quem fica no sinal, são somente os pedintes.
É fazendo malabarismo e vestido de palhaço no sinal próximo ao Iguatemi em Fortaleza que o Wilkinson Rayron ganha a vida. Ele faz palhaçadas e uns truques de malabarismo no sinal de trânsito e, em troca ganha aplausos, levando para casa os trocados dos espectadores que assistem seus números circenses enquanto esperam o sinal abrir. “Comecei a trabalhar no sinal porque no circo já não estava dando tanto dinheiro. Acho um trabalho digno. No inicio tive vergonha, mas quando percebi que dava pra sustentar meu filho assim, continuei. Às vezes ganho muito, outras pouco, fico na esperança de aparecer um abençoado para dar uma ajuda maior. Muita vezes os aplausos, é melhor do que uma moeda; fico muito alegre com isso”, diz Rayron, que tira do sinal vermelho o dinheiro de pagar a pensão de seu filho.
O artista se exibe perigosamente em troca de seu sustento. Rayron, como prefere ser chamado, frequenta o sinal a pouco mais de um ano. “Eu entrei nas drogas para tentar curar a dor da morte da minha filha mais nova, e separei da mulher. Mas quando vi que minha filha não queria isso pra mim, parei com a pedra e comprei um carro pra mim com o dinheiro do sinal”. O jovem tem 23 anos, trabalhou em circos como Beto Carreiro e hoje mora no circo da família que se encontra montado na cidade de Pacajus. Em sua apresentação no circo, recita um poema que fez para filha falecida, onde todos aplaudem e se emocionam ao mesmo tempo.

 “Muitos pegam dinheiro pra usar drogas e a gente pra sustentar a família, consegui dar  a volta por cima, o dinheiro que ganho no sinal é como qualquer outro trabalho, não tenho que dar satisfação a patrão. Comprei meu carro e ajudo minha família com o dinheiro do sinal quando o circo não dá lucro.” Afirma o jovem Rayron.

Ali perto, no mesmo cruzamento de Rayron, se exibe seu irmão Francisco Wildson, o Quiquinho, 28 anos. Com nariz e pintura de palhaço no rosto, o jovem dá cambalhotas e tenta chamar a atenção de quem vai e de quem vem nessa correria do dia à dia. Perguntando dos motivos que lhe levaram a ter que fazer apresentações na rua o jovem responde: “Sou de uma quinta geração de circo e depois que meu pai vendeu a casa e saiu do trabalho fixo, a família abriu nosso circo que se chama Circo Sky. O sinal é um ganho extra pra mim”.
Casos como os dos irmãos circenses se repetem todos os dias pelos semáforos e encruzilhadas Brasil a fora. Os minutos que os carros ficam parados no sinal vermelho dão oportunidade a artistas anônimos de mostrarem seu talento e tentarem ganhar seu sustento passando o famoso chapéu.  Uma forma justa e digna de tentar ganhar seu dinheiro sem prejudicar o próximo.

Fernanda Leite (Fortaleza, 04 de março de 2012.)